Foi nos pedido no âmbito da disciplina de psicologia que escrevêssemos acerca de uma memória que tenhamos vivido juntas e deste modo de forma individual cada uma descrevesse aquilo que se lembra desta memória.
Em primeiro lugar, a memória pode ser caracterizada pela capacidade de reter conhecimentos, informações, ideias, acontecimentos,.. com base nos estímulos a que somos submetidos. Deste modo, a cada segundo o nosso cérebro está exposto a imensos estímulos e se dessemos atenção a todos os estímulos a que o cérebro está exposto seria impossível produzir qualquer interpretação da realidade, e por isso , o que o nosso cérebro faz ,continuamente , é ignorar uma parte significativa dos estímulos recebidos ,mantendo o nosso processamento sobre aqueles que motivam a nossa atenção. De facto, os estímulos para mim(Maria) me chamam a atenção não são os mesmos que chamam à Joana e é exatamente isso que pretendemos demonstrar com este trabalho que uma história igual, vivenciada por pessoas diferentes torna-se uma historia diferente.
Vamos começar então a relatar a história
Maria- Foi no fim de semana antes do exame de economia , era sexta feira, eu e a Joana fomos a um mini convívio em casa do Francisco Hasse mas fomos embora cedo porque no dia seguinte tínhamos que estudar. Saímos de casa dele e eu chamei um uber para minha casa porque a Joana ia lá dormir então fomos as duas no Uber mas antes de irmos para minha casa passamos por casa da Joana para ela ir buscar algumas coisas que precisava. Nisto, eu fiquei à porta de casa dela dentro do carro com o motorista enquanto ela ia a casa. Passaram-se 5,10,15,20 minutos e nada o motorista a pressionar-me e eu a mandar mensagens à Joana mas sem sucesso e a ficar mega nervosa porque ela não dizia nada e pela pressão do senhor. Passado para aí meia hora de ter ligado e mandado mil mensagens a Joana decide finalmente aparecer e seguimos viagem. A Joana veio super irritada com a irmã e perguntei o que é que tinha acontecido e ela disse que ninguém lhe abriu a porta eu distraída como sou nem me questionei como ela então tinha entrado mas no caminho para casa a Joana com vergonha de dizer em voz alta manda-me uma mensagem (sendo que estávamos ao lado uma da outra) e a mensagem dizia :PARTI A JANELA!!! Eu fiquei intrigada e só aí reparei que ela estava com uma toalha de volta do pulso resultado como ninguém lhe abria a porta e ela precisava mesmo das coisas tentou abrir a janela soque não conseguiu acabando por parti-la. Disse.me isto e rimos nos imenso depois finalmente chagámos a casa e como ambas já tínhamos tido uma noite muito atribulada decidimos ir comer para a varanda de minha casa e tratar do pulso da Joana. Lembro-me de dizer não podemos ficar aqui muito tempo porque amanhã vamos estudar falámos, falámos ,falámos histórias, gossips e coisas que não tinham sentido que já não me lembro ao certo sobre o que mas de repente olho para o relógio e já são 6 da manhã. Acabou por ser uma noite diferente me que apesar de termos sido responsáveis em termos saído do convívio mais cedo tivemos muitas coisas pelo meio que ainda nos fizeram deitar nos mais tarde. Apesar de não termos estado todo o tempo juntas ( eu estava no carro e ela a tentar abrir a porta) acabamos por relatar tudo uma à outra e viver uma noite épica e diferente.
Joana- Num fim de semana qualquer do verão um bocado antes do exame de economia fui a um convívio do Francisco em casa dele e depois ia dormir a casa da Maria, combinámos ir embora cedo para no dia a seguir estudar, mas no caminho para casa lembrei me que precisava de dinheiro para o fim de semana e quis passar por casa. A minha irmã trancou a porta por dentro e por isso não conseguia abrir, liguei-lhe, toquei à campainha mas ela não acordava por nada, entrei então no prédio por casa do meu tio e fui à porta das traseiras tentar entrar pela janela mas ela tinha também trancado a janela, numa tentativa de a acordar comecei a bater à janela mas como fiquei mesmo irritada bati com alguma força e parti a janela, oops... fiquei chocada e fugi, enrrulei a camisa que estava a usar à volta da mão (onde tinha os cortes) e fui ter ao Uber com a Maria, nisto tinham-se passado mais ou menos 15 minutos.
Não disse logo nada, mas depois mandei uma mensagem à Maria (apesar de ela estar ao meu lado) a dizer que parti a janela, depois chegámos a casa da Maria e fomos desinfetar a minha mão e pôr pensos, depois fomos para a cozinha comer alguma coisa e um bocado para a varanda falar, acabámos por ficar a falar imenso tempo e quando dei conta era por volta das 5 da manhã.
Depois de cada uma ler a versão da história da outra, percebemos que de facto tínhamos alguns detalhes diferentes, e claramente uma perceção do tempo que passou muito diferente também. Mas no geral a história principal mantém-se, sendo que neste caso não fomos muito vitimas das falsas memórias.
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