Redes socias

Após termos visto o documentário "The social dilema", foram-nos confirmadas muitas coisas que já tinhamos conhecimento sobre as redes socias e tudo o que está por detrás destas, no entanto, também aprendemos novas coisas que de facto não sabíamos e chocaram-nos um pouco. 
Apesar de achar-mos que o documentário exagera algumas coisas e põe demasiado as culpas nas redes sociais e nas empresas que lhes dão origem, achamos também que é importante ver o documentário, analisando-o com espírito critico e retendo informações que nos eram desconhecidas. 
 O tema da redes sociais é algo muito falado já há algum tempo e é claramente um tema muito controverso, mas porquê? 
 Juntando o que vimos no documentário com o que vemos no dia a dia e com o que já sabíamos criámos uma opinião mais sólida sobre o tema. Parece-nos que este tema é tão controverso pois apesar de todos os seus benefícios inegáveis, as redes sociais têm, como tudo, a sua parte negativa. 
 Em primeiro lugar, é claro que estão os benefícios, que são o que se vê mais superficialmente, facilidade de comunicação, informação rápida e atual, publicidade, proximidade com celebridades em que temos interesse entre muitos outros. Mas é também preciso olhar para o negativo, o vício que pode causar, as "fake news" , os diversos "shaming" que existem como o "body shaming" ou o "fat shaming", comentários insensíveis e crueis, pedófilia e maneiras de atrair crianças e adolescentes por trás de um ecrã etc. 
 No entanto, é muito comum culpar todos estes problemas em quem nos parece responsável, os criadores destas plataformas, quando na verdade em muitos destes casos não são eles os culpados, em termos de vício e persuasão à compra, claro que são os culpados, mas nós somos o produto destas empresas e temos de perceber isso, e que no mundo em que vivemos tudo é "money driven" e por isso podemos realmente culpar os CEO ou as empresas por isto? Talvez sim, talvez não, não haverá nunca uma resposta consensual para esta pergunta porque as redes sociais são algo que agora que existe também nunca vai desaparecer, e por isso há um sentimento de aceitação sobre este tema. Algo que também reparámos é que "toda a gente" adora as redes sociais e acha-as extremamente úteis, mas no momento em que há alguma situação que as teve como intermédio e levou a algum tipo de tragédia, de repente os CEO´s são monstros e as redes sociais são o nosso maior pesadelo, quando na verdade, pelo menos a nosso ver, as coisas que acontecem nas redes sociais são culpa dos utilizadores das mesmas e não das redes em si. 
 Por exemplo, quem faz comentários de ódio ou goza com os outros nas redes sociais e causa inseguranças, depressões e sentimentos negativos são os próprios utilizadores. Claro que devia talvez haver mais fiscalização em termos de comentários negativos ou "fake news", mas por vezes é difícil fiscalizar milhões e milhões de comentários ou publicações em diferentes plataformas, e por isso neste aspeto acreditamos que a culpa reside mais nos prórpios utilizadores do que nas empresas. 
 Claro está, que as redes sociais têm um enorme impacto na nossa vida, queremos sempre estar atualizados, saber as novas tendências, ver o que os outros estão a fazer, não queremos perder nada, assim ganhámos dependência destas plataformas que por vezes podem não ser beneficiais, vemos tudo e temos acesso a tudo mas muitas vezes não fazemos ideia o que está por detrás, por exemplo vemos uma modelo com um corpo escultural, pele perfeita, maquilhagem impecável e com roupas lindas, mas o que não vemos é a edição da fotografia com photoshop, a equipa de maquilhagem, as outras mil fotografias que não ficaram bem... e isto dá-nos uma imagem de perfeição à qual nunca vamos chegar porque não é real e sentimos frustração e sentimos que estamos a falhar, e daí todas as inseguranças ou ansiedades que podem advir das redes socias.
 Achamos portanto, que apesar de tudo as redes sociais são algo bom e que sendo que nunca vai desaparecer mais vale aprender a viver com estas, tem de haver auto controlo da parte dos utilizadores, informação sobre o que é verdade ou não, e em casos de utilizadores mais novos cabe aos pais controlarem o tempo que os filhos passam nos "gadgets" e aquilo que vêm e que a plataformas têm acesso.

Comentários